Já tomei decisões das quais me arrependi, já tomei decisões que me afastaram daquilo que eu queria, já tomei decisões para agradar aos outros, já tomei decisões que me afastaram daquilo que eu sou, já me decidi por quem não me merecia, mas também foram as decisões que eu tomei no passado que me levaram a ser o que sou hoje, a estar onde estou hoje, posso estar longe daquilo que uma vez quis para mim (ah sonhar é tão bom), mas sim, eu gosto de ser quem eu sou, se pudesse decidir eu decidia ser eu, sim, tenho muitas arestas a limar eu sei, mas eu gosto de mim como sou, tenho por vezes duas caras, é verdade, uma boa para quem merece a minha estima, o meu respeito, a minha consideração, mas também sou capaz de mostrar cara má quando algo me desagrada, não gosto de fingimentos, não suporto a mentira, fujo a sete pés de pessoas que são tão negativas que só veem problemas em vez de arranjar soluções (para quem é indeciso conviver com pessoas negativas não abona nada a favor), sou explosiva, na medida em que por vezes digo coisas que depois me arrependo, mas depois “oh, pronto, já disse!”, sim, não consigo agradar a todos, mas também por vezes não me esforço por isso, tenho conhecido as pessoas certas e a essas sim eu esforço-me por agradar.

E agora perguntais-me: mas porque raio estou eu a revelar esta minha faceta nua e crua? Pois é, e volto à questão que me trouxe aqui hoje para escrever isto: ser adulto não é fácil, de facto as decisões que tomamos hoje têm implicações no nosso futuro, mas se há coisa que a minha ainda curta existência me ensinou foi que independentemente de todas as decisões que venhamos a tomar hoje, não devemos nunca esquecer quem nós somos, somos imperfeitos, sim somos, não conseguimos agradar a todos, não conseguimos, iremos magoar alguém nesta nossa caminhada, sim iremos e também sairemos muitas vezes magoados (oh, quantas vezes eu já magoei e saí magoada, “ossos do ofício”), mas nunca, nunca repito, devemos permitir que outros nos rebaixem só para se sentirem bem, se os outros têm necessidade de nos rebaixar para se sentirem melhor, então é porque não gostam de nós, e nesse caso é fazer-lhes como se deve fazer com as pessoas negativas – devemos mantê-los longe!

Por isso, quer tu faças por viver, ou apenas andes cá para ver os outros viver, nunca te esqueças, as tuas decisões/indecisões decidem o teu presente, mas também decidirão quem tu serás no futuro. Quanto a mim eu já me decidi, eu decido ser eu!